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IGREJAS TRAVESTIDAS DE NEGRO

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Surge da escuridão o novo modismo em prédios de igrejas

Igreja-Batista-da-Lagoinha ANTES

Igreja-Batista-da-Lagoinha- DEPOIS - PRETO

Igreja da Lagoinha: antes e depois com a tonalidade escura

Com prédios pintados de negro, a novidade agora nas igrejas é a discrição. Então, para que isso seja real, nada melhor que dar um tom de negrura, numa flagrante filosofia da obscuridade, tendo em vista as culturas, a tradição, os costumes e o determinante ponto de vista bíblico.

ARGUMENTAÇÃO

Os argumentos são plausíveis, ao menos do ponto de vista meramente humano:

1- As pessoas se igualam, pois todas ficam meio que no anonimato, tipo ‘escondidas’ no escuro.

2- A atenção não se dispersa e passa a ser inteiramente voltada ao palestrante, ao púlpito.

3- Melhora a definição de gravação de imagens.

4- Não há julgamento estético, pois a pessoa pode estar totalmente ou parcialmente vestida, feia ou bonita, apresentável ou não, tatuada, com piercing ou com a pele limpa etc, que não fará diferença na escuridão….

5- Seria mais ou menos a mesma filosofia do uso da caveira, a indicar que todos devem ser iguais, como as caveiras. Ninguém é melhor que ninguém, todos são caveiras!

Bem, são argumentos fortes e que não podemos ignorar, porém, penso que o mais alto de todos seria mesmo o modismo, o ser diferente, mais atraente.

Seria uma resposta ao crescimento de novos modelos propostos pelo avanço e adaptação antropológica, ‘um modo de autoconhecimento que é a identidade, diferenciando os grupos em função de suas idiossincrasias e adaptação em ambientes distintos. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Antropologia.

CONCEITOS DO NEGRO

Os conceitos desse tipo de imagem estão associados à morte, mistério, medo e desconhecido. ‘…é a ausência de toda a cor ou luz e, em todo o mundo, está associado ao mal. É a cor do mistério, da penitência, da condenação, da angústia e representa o submundo.

‘Na Astrologia, o negro simboliza Saturno, numa referência ao deus Saturno, que é a divindade grega da velhice e da morte’. Também ‘No Yin Yang o encontro do preto e do branco representa a união de energias opostas’.

Ainda no meio místico, o negro também é visto como representação negativa. Em ‘O verdadeiro significado da cor…’, a explicação sobre as características dessa cor, lança para a ideia de ‘ser a mais escura de todas as tonalidades existentes. Assim, o seu sentido vem justamente desse fato e pode ser entendido como alguns sentimentos negativos. É o caso do medo, tristeza, morte ou solidão”. Ela produz ainda ‘a melancolia e tristeza, pois é essa sensação que temos quando estamos em ambientes escuros”. Fontes:

https://www.astrocentro.com.br/blog/bem-estar/significado-cor-preta/https://www.dicionariodesimbolos.com.br/cor-preta/ – (http://www.portaldomarketing.net.br/o-significado-das-cores-o-preto-em-propaganda-publicidade-e-marketing/

‘VIVA A SOCIEDADE ALTERNATIVA’

Essa busca vem desde a sociedade alternativa, da oposição ou contracultura que marcou o século 20, por meio das transformações políticas e culturais. O movimento hippie (Woodstock, 1960), atacou a forma tradicional e conservadora das famílias.

Derivado de hipster, termo usado para o movimento de ativistas negros, a ação recebeu a alavanca de artistas e músicos.

Deu-se início à contestação, liberação geral e amor livre, anarquia, viagens psicodélicas/coloridas, pelo uso do LSD, do transe para a desassociação da realidade e uma nova proposta de visão de mundo, saindo da hierarquia patriarcal, mas também retrocedendo aos rudimentos homossexuais gregos da misoginia. Foi um tipo de jornada do êxtase, para a diluição de si mesmo, em busca de uma forma alternativa, desvinculada de tudo quanto existia, existiu ou que se propõe.

A ARTE CRÍTICA

Ao escrever sobre Steve Jobs, o célebre inventor digital, Arnaldo Jabor, em Steve Jobs criou uma ‘ciência alegre’, diz o seguinte: “Steve Jobs, filho da contracultura, da arte crítica, de Dylan e Picasso, do LSD que o ‘descaractizou’, criou uma espécie de filosofia prática, ‘de mercado’, indutiva, para além de explicações genéricas, de grandes narrativas universais”, e ainda: “Ele nos ensinou a transgressão contra uma sociedade conformista e obediente… Pense diferente! Meus computadores são para os rebeldes, loucos e desajustados”. A Cidade, C-3, 11 out. 2011.

Avanços se seguiram e nos anos setentas, chegou-se à realidade da flexibilização das regras, e a cultura da “esculhambação nunca foi tão grande”, diz a manchete do caderno Ilustrada, Folha de São Paulo (31/7/91).

A Folha continua afirmando: “mas é certo que, a partir dos anos 70, instaurou-se – (…) –, uma cultura do mau gosto, da violência estética, de selvageria texana. A breguice deixou de ser ingênua e marginal”.

E ainda, “…Vive-se numa situação em que o malfeito, o precário, o propositadamente ruim e grosseiro e o lixo são canais legítimos da expressão… Esta sociedade em que vivemos parece impelir tudo à brutalidade e à esculhambação”.

SHOW DE MUDANÇAS

Todos os ingredientes desse tipo de culto, propostos em sua maioria por cantores que se tornaram pastores, como paredes escuras, canhões e telões de led e jatos de fumaça, chega ao ápice por meio do ‘estilo de luminosidade psicodélica e altamente chapante, que causa a seus observadores a sensação de FPS. Muito utilizada em Raves para agravar os efeitos de drogas como LSD e Ecstasy’. Seu funcionamento piscante leva você também a piscar sucessivamente, com a luz estrobofóbica.

NA REAL: OS MELHORES EFEITOS

Entretanto…, para a comunicação eficiente e transmissão e captação em um auditório/culto, segundo especialistas a cor deve ser a mais clara possível. As explicações estão na ciência, em especial a fisiologia humana, no que diz respeito à atenção e consequente aproveitamento.

Algumas empresas estabelecem ambientes de trabalho e/ou palestras com excelência no que diz respeito à claridade, luminosidade. Paredes são pintadas de um branco mais reluzente possível, luzes claras ao máximo e forro igualmente claro.

Todo o mobiliário também não deve ser madeirado e aproximar-se ao máximo da claridade, sem deixar que cores mórbidas estejam à mostra, como forma de manter a pessoa longe de qualquer possibilidade de sonolência, sob constante empatia.

Do lado científico está a produção do hormônio do sono, denominada Melatonina, que só é fabricado após o metabolismo fazer a leitura do ambiente, que deve estar completamente sem luz, portanto escuro. É quando há redução de hiperatividade, déficit de atenção e sonolência, pois o sono reduz o gasto de energia.

O QUE A BÍBLIA DIZ

Obvio que não estamos falando em Igreja – o Corpo de Cristo -, mas em prédios que abrigam reuniões periódicas de igrejas. Também não se fala em templo. O templo (do Espírito Santo) é o crente. Portanto, não há uma regra sobre a cor desses prédios, mesmo porque a igreja só conheceu tais prédios quase que dois séculos depois de seu início. Templo é algo próprio de religiões não-cristãs e até da religião judaica, mas pouco tem que ver conosco, pois somos igreja e templo de Deus, como pessoa.

Com a consagração de templos, como morada divina, terceirizamos a necessidade de sermos consagrados e projetamos tal consagração ao espaço físico, a um lugar: templo, casa (de Deus), púlpito, monte etc, quando nós mesmos devemos acomodar, dar lugar a ação divina, ao sagrado: sermos consagrados (a Ele).

Porém, nas Escrituras o claro está associado ao puro, à glória. Não propriamente a cor, pois ela jamais pode dar a dimensão da santidade divina e sua glória, mas o aspecto da própria santidade na pessoa, em forma de luz, brilho. Isto indica clareza de propósitos, de decisão e compromisso:

‘O seu resplendor é como a luz; raios brilhantes saem da sua mão, e o … será a tua luz para sempre, e o teu Deus será a tua glória e teu esplendor eternamente’, Hc 3.4.

‘O seu resplendor é como a luz; raios brilhantes saem da sua mão, e o … será a tua luz para sempre, e o teu Deus será a tua glória e teu esplendor eternamente’, 2Sm 22.13.

‘Então um dos anciãos me perguntou: “Quem são estes que estão vestidos de branco, e de onde vieram?’, Ap 7.13.

‘Ainda que os seus pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve’, Cr 13-14.

Por outro lado, o negro nada tem que ver com a cor preta, mas indica justamente a ausência de luz: ‘E a luz resplandece nas trevas…’, Jo 1.5.

É como o frio, que só existe em função da ausência de calor. É a ausência do bem em oposição ao mal: ‘Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!’, Is 5.20. Indica separação de Deus: ‘Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes’, Mt 25.30. Portanto, a Bíblia não trata de cores, mas de luz e trevas.

PRETO E NEGRO

Usei a descrição negra em vez de preta, em função da forma mais aceitável quanto à cor de pele: preta, em oposição ao branco, como até preferem afrodescendentes. Negro é pejorativo já que tudo que é ruim tem essa descrição, como buraco-negro, magia-negra etc.


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